C.E.S.T.

Hipertexto, Leitura e interatividade

A modernidade [...] ofuscou a relevância comunicacional das telas e das imagens em prol de outro tipo de interface, a página, que, a partir da difusão da imprensa, passou não apenas a fazer parte da lógica da comunicação [...] como exercer uma forte influência sobre a forma como as sociedades se organizam. Se a tela privilegiava a imagem, a página privilegia a escrita como linguagem de base de comunicação entre as varias sociedades, no mundo inteiro.
O hipertexto é apresentado neste contexto, como base de pesquisa e é considerado como uma ferramenta de enriquecimento dos conteúdos possibilitando o acesso a infinitas formas textuais, relacionando-os com o ambiente e com outros ambientes virtuais, numa abordagem lingüística, construtiva e contextualizada atrelado a uma nova tecnologia enunciativa e disseminadora que é a internet, construindo a partir de conceito básicos com unidades de enunciados como é o caso das silabas, dos fonemas, das palavras, das frases e ate mesmo dos mini textos.
Com a disseminação da internet em todo mundo e nos seios das mais distantes sociedades o sistema educacional não ficou de fora, o ensino passou a sofrer uma serie de adaptação às tecnologias e as comunicações digitais, principalmente a citada aqui por nos.
Esse fenômeno desenvolvimentista deu origem à Cibercultura. Isto provocou outro fenômeno que aqui chamaremos de interconexão, que é a capacidade de comunicação conceitual através de linkes inseridos nos vários textos inseridos na rede (internet), formando uma cadeia infinita de informações ao dispor dos interessados e conectados em tempo real. É por isso que o conhecimento hoje já não pode ser mais acumulado por apenas meia dúzia de intelectuais, o saber passou a ser disseminado de forma rápida e global, bastando simplesmente o individuo ter acesso a um aparelho de celular, a um notebook ou entrar na rede através de uma lan house e passar a recriar todo o conhecimento do mundo inteiro. Além disso, convivemos com conceitos totalmente arcaicos, onde as leituras dos livros didáticos nos remetem a um conhecimento estagnado e com pouca capacidade de reestruturação, pois o tipo de leitura e escrita não permitem reorganizações rápidas e precisas, como é o caso dos hipertextos na net. Ainda tem o caso da atratividade para os jovens e adolescentes que necessitam de algo a mais para construir um aprendizado significativo e eficaz, daí a necessidade de algo que nos conduza a construir uma ferramenta que faça esse elo entre os materiais didáticos, o aprendizado e os alunos, promovendo a ensinagem através de experimentações e tentativas, não criando nos participantes a falsa sensação de aprendizado que os remetem ao comodismo outrora observado, sob a ilusão do aprender, pois, “estes textos condensados e supostamente dirigíveis, mais inibem do que estimulam o gosto pelo aprender.”
O hipertexto consiste em ampliar a capacidade de leitura, sob óticas diferentes, potencializando com isso a capacidade da escrita, da argumentação e do aprendizado. Além disso, o hipertexto pode fornecer uma investigação mais ativa e interativa de forma democrática e descentralizada do saber.


Componentes do Grupo: Alfani Abadia da Silva;
Margarete Rodrigues de Vasconcelos;
Sandra Maria da Silva Lira Rodovalho;
Valdeci Machado de Azevedo;
Helywagna Sônia de Sousa.